segunda-feira

27 de Abril de 2014

Olá publico!
Hoje surgiu-me um tema interessante que tem vindo a apresentar alguma polémica:

"Mas afinal o que se passa com esta geração?"

Embora quisesse discutir isto, começo por dizer que eu não tenho uma resposta. Mas há algo em que fazendo eu parte desta geração posso tentar justificar. 
Posso começar por dizer que esta não é a "geração das telecomunicações", "da Internet" etc, esta geração é, no fundo, a "geração da procrastinação" (esta palavra existe em português, acreditam?) e a procrastinação é perigosíssima e passa-nos á frente como se nada fosse, ou como se fosse algo normal.

 Ora olhem só, vamos por isto neste ponto de vista: As drogas são perigosas pois põem em risco a nossa saúde, por esse meio diminuindo o nosso tempo de vida. Para além disso, viciam, sendo assim difícil parar com o seu consumo. Mas a quantidade enorme de distrações inúteis que temos hoje em dia tem perigos muito parecidos. Tal como as drogas, ao passarmos uma larga quantidade de tempo ocupados a atualizar o nosso facebook, a por em dia todos os sites de pequenos "gags" gasta-nos tempo da nossa vida sem fazer rigorosamente nada. Mas afinal, ao olharmos bem para o assunto, pelo menos a mim, todo esse tipo de atividades "passa tempo" não têm grande interesse, são apenas maneiras de, bem, passar o tempo. Algo melhor do que estar parado sem fazer nada, que já agora é, e falando de forma séria, viciante. Todo esse tipo de atividades são viciantes. Somos viciados em não fazer nada, este fantástico vício da "neo-preguiça.

A diferença entre o antigamente e o agora, é que antigamente não fazer nada era aborrecido, mas agora tornou-se interessante.  Nunca tiveram a sensação de não querer fazer uma atividade, projeto, trabalho porque estamos ocupados na internet? Mas no fundo não estamos a fazer nada? na minha opinião, essas atividades tiram-nos a vontade de fazer qualquer outra coisa; fazem-nos entrar num transe de completa isolação do nosso ser e do nosso génio, dai a sensação de estar com a cabeça branco a olhar fixamente para um ecrã. Pessoalmente, noto que quando passo algum tempo sem utilizar o meu computador pessoal, tenho vontade de ser mais produtivo, até para atividades escolares, mas a razão porque não largo as minhas atividades de neo-preguiça, é porque, como todos os outros, "estou viciado". Embora não encontre grande prazer em visitar websites como "9gag, Imgur, Hugelol" simplesmente algo me chama para vê-los. E eu acho interessante como a reação da comunidade online reage a isto, com comédia. Se a droga tivesse sido descoberta nesta geração e fosse aceite socialmente como são este tipo de atividades, seria algo como isto: 
"Haha, I know right? I do that all the time!"
Irónico, eh? Eu penso que isto afeta muito negativamente os jovens de hoje em dia. E alguns adultos também! Por isso, façam um esforço, e viva a produtividade e atividades a sério! Mudem a vossa vida, e vão mas é escrever um livro, passear no parque ou algo assim.
Ah e claro, não fazer nada é depressivo.



sábado

26 de Maio, mas agora, 2014.

Bem-vindos de novo, caros leitores.
Enquanto vagueava durante a noite por sites perdidos, decidi voltar e ler tudo o que escrevi passado este tempo todo. Interessante como achei certas partes de tudo o que escrevi quase infantis. Quase como se no período de um ano uma pessoa pode mudar imenso em certos sentidos.
Revi e fiquei admirado com o meu blog "Emigration Experience" e como já houve tanto de que me esqueci. Os tempos do Brasil passam pela minha cabeça como uma pequena e rápida fase da vida que se encontra totalmente á parte do resto do curso da minha vida. Sem dúvida que me puxa pela imaginação como tudo podia ser se tivesse-mos lá permanecido.

E falando do mesmo tema de uma forma diferente - É tão interessante como é importante guardar memórias. Ao entrar em contato com todas as memórias que deixamos impressas através de fotos, desenhos, e palavras escritas conseguimos sentir algo como se estivesse-mos a olhar para nós desse tempo de novo, e tudo o que nos passava pela cabeça. E de pouco mais se trata estes blogs. São ótimos, uma relíquia para os olhos de quem escreveu tudo aquilo em tempos passados.
E no decorrer do tempo, e todos nós sabemos disso, tudo muda, e sempre inesperadamente e sempre mais rápido do que pensávamos. Engraçado como é raro conseguir adivinhar o que se passará a seguir, e interessante como só não muda o que queremos que mude.

E finalmente, chegou o momento em que posso dizer:

"Eu tenho saudades de viver no Brasil."