quinta-feira

27 de Março, 2013

Então pessoal.

Parece que o ultimo post ainda não tem comentários... Que é uma pena pois eu pus a porcaria dos comentários para até um palerma que calha no meu blog sem querer pode comentar.

Mas hey - no stress bros.

Hoje tenho um tema, pelo menos para mim, bastante interessante. Vou fazer uma reflexão da minha evolução como pessoa, personalidade e estilo.

(1 Giant Leap - Braided Hair )

"I have to tell everybody about myself". Eu era um pequeno miúdo quando tudo começou ( claro ) Aquela imaginação de miúdo que tudo aquilo que viaja na nossa cabeça é verdade. Tudo aquilo que vemos, sentimos, ouvimos e no fim raciocinamos e imaginamos torna-se verdade. No fundo, tudo é tão bonito, fantástico, e perfeito, totalmente forjado pela nossa cabeça, que por si é forjada pelo tal tudo aquilo que tiramos do mundo.
Como criança, eu ouvia o que o meu pai punha na aparelhagem durante as manhãs de Sábado, "1 Giant Leap" e agora eu vejo como isso me fez gostar daquelas coisas que nos tocam de fundo, aquela sensação daquela musica bastante ambiente, "atmosférica", que noz faz ficar naquela sensação "Nirvana" (não a banda).
Claro que ouvia bastante mais coisas, mas sempre naquele sentido bastante Jazz fusão, e isso agora, que eu cada vez analiso mais a minha vida e descubro tanto sobre mim mesmo, é bastante esclarecedor.

Muito mais que me influenciou como criança? Provavelmente Peter Pan. Ha, mas não como vocês pensam. Na minha cabeça Peter Pan era muito mais que um conto, era um mundo, uma dimensão perfeita, completamente fantástica, etereal. Um mundo cheio de natureza, criaturas, e bastante diversidade cultural, onde se podia VOAR. Voar é práticamente o simbolo da liberdade. Ahhh, Liberdade, com um L bem grandinho, a coisa mais importante para mim. No fundo era uma coisa extremamente mais séria do que eu vejo quando olho para o Peter Pan agora, era a minha versão dele, ou pelo menos o que a minha cabeça cheia de imaginação tirou dele na altura.

Outra coisa que também se olharem hoje vão ver como um simples jogos, mas eu via como versões do mundo, sitios fantásticos - como criança, o real e o irreal é indistinguível, e isso trás tanta felicidade - esses jogos eram:

- Oddworld Series;

- Sheep Dog 'n' Wolf;

- Rayman;

- Crusader of Centy;

Oddworld, um mundo de "aliens" com criaturas aterrorizantes, mas também cheio de misticidade do mundo dos espíritos, sem dúvida um jogo cheio de arte, com um personagem extremamente bem feita, o "Abe", que tem poderes de controlar outras criaturas através duma espécie de meditação. Mais uma das coisas que me influenciou bastante na adoração de mundos estranhos.


Sheep Dog 'n' Wolf, haha, um jogo sobre Ralph, o primo do Coiote dos Looney Tunes. Muitos pensam que Ralph é o Coiote, mas não. Ralph é um lobo, e ele rouba ovelhas de Sam, em vez de perseguir o "beep beep".


Mas o mais interessante, é que ao contrário do estilo de Looney Tunes, este jogo torna Ralph num personagem cool, cheio de ideias, original, e de uma certa forma o jogo não parece tão criançola como os Looney Tunes.
O jogo é cheio de um "soundtrack" com uma fusão jazz/rock/funk, que o torna num jogo bastante mais cheio de estilo do que os Looney Tunes, e por isso influenciou bastante o meu gosto musical. Ouçam aqui algum soundtrack. (Se o Cacciari estiver a ler isto, então era só para dizer que esta era a música que eu estava a ouvir em tua casa e tu disseste que tava fixe XD)



Rayman, esse sim, influenciou muito. O estilo dele era completamente retratado num mundo também bastante "Nirvana", fantástico, e junto com a sua musica igualmente descrita, dava um efeito bastante "mocado" a um miúdo novo como eu era. Para quem procurar este jogo, de todos os jogos do Rayman, é o primeiro que saiu.
Facto interessante, os outros jogos de Rayman não são nada assim. E nisso, Michel Ansel, criador de Rayman, concorda. Aliás, bastante recentemente, saiu um novo jogo de Rayman, "Rayman Origins", que é bastante no estilo do 1º jogo, mas infelizmente com um soundtrack bastante mais fraco (e Michel lamenta-se disso, dizendo que não conseguiu que o compositor do 1º jogo aderi-se ao projeto).
Obviamente, logo que descobri isso, comprei o jogo, e já o acabei. Bastante fixe, mas já não é como quando era uma criança.



Crusader of Centy, esse foi provavelmente uma das histórias mais bonitas que já vi num jogo, e tocou-me como nenhuma outra na altura, e até hoje. Ele muda a visão duma pessoa ao jogar RPGs clássicos.
Eu nem vou estragar.



Bem, eu nem sequer joguei estes jogos quando era criança, eu via o meu pai jogar, e chateava-o para jogar, por isso, era como se fosse um filme, mas contada como um livro, pois todos os dias, ele jogava cerca de uma hora, e era como se fosse um capítulo, e praticamente  jogos foram o que moldaram a minha infância. E é por isso que eu adoro jogos, e gosto de coisas num sentido mais artístico, e que mexam com a minha mente.

"It's just a game."

Ah, sim, e depois de ver tantos mundos diferentes e fantásticos, cheguei a uma conclusão:
O nosso mundo também é fantástico, bonito, misterioso, etereal, perfeito, e de uma certa maneira, algo em mim me faz sentir errado ao não estar em completo estado natural, e só vou encontrar a total paz quando estiver.

Essa é a lição que a minha vida me deu, e que eu vos dou.

Agora comentem neste ou no outro post anterior.

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